EMINEM ESCREVE CARTA ABERTA EM TRIBUTO AO TUPAC - Bom Hip Hop "The Classic Blog"

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EMINEM ESCREVE CARTA ABERTA EM TRIBUTO AO TUPAC

EMINEM ESCREVE CARTA ABERTA EM TRIBUTO AO TUPAC

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Homenageando grandes falecidos nomes do Hip-Hop, o pessoal da revista PAPER está pegando grandes artistas do meio que ainda estão vivos e os colocando para escrever cartas abertas aos seus ídolos mortos. Primeiro Swizz Beatz escreveu para Notorious B.I.G, depois Kendrick Lamar para Eazy-E, e hoje foi a vez do Eminem redigir um belo texto ao Tupac.


"A primeira vez que eu ouvi Tupac foi no seu verso em "I Get Around" com o Digital Underground. Eu tinha 18 ou 19 anos de idade e eu me lembro de ter pensado: 'quem é esse?'. Uma vez que eu ouvi isso, eu comprei seu primeiro álbum 2Pacalypse Now. Eu vi o clipe de "Brenda's Got a Baby", e eu me lembro de pensar: 'puta mer##'. No momento que ele estava no seu auge com o Me Against the World, ele estava lá fora dominando. Ele sabia o que queria, e ele descobriu como ele queria ser e como soar, completamente. Eu provavelmente iria colocar qualquer álbum dele como um clássico.

Ele estava levando as coisas mais longe do que um monte de rappers na época, empurrando para um próximo nível dando sentimento as suas palavras em suas músicas. Um monte de pesso dizem: 'você sente Pac', e isso é uma verdade absoluta. O modo que ele escolheu para colocar suas palavras sobre batidas era genial; era como se ele soubesse a parte do ritmo e mudança de acordes certa para encaixar as palavras certas... A parada batia na alma. Tipo, ouça "If I Die 2Nite". Tudo o que ele rima sobre, era urgente. Se fosse uma música triste, ele iria fazer você chorar. Mas havia diferentes lados dele: sensível, militante, irritado, relaxado. Seu espirito falou comigo porque era como se soubesse tudo o que ele estava passando, especialmente quando ele fez o Me Against the World. Você só sentia cada aspecto da sua dor, cada emoção, como por exemplo quando ele estava feliz, quando ele estava triste. Sua capacidade de tocar a vida das pessoas como ele fazia era incrível.

Na escola [de rap] que eu cresci, nós gastávamos um pouco de tempo estudando rappers, geral do N.W.A ao Public Enemy para o Big Daddy Kane para o Kool G Rap para o Rakim para oSpecial Ed, tenho um pouquinho de cada um desses. Tupac foi o primeiro que realmente me ajudou e me ensinou a fazer canções que pareciam com algo.

Ele era tão versátil -- se você não estava de boa para o que ele estava falando em um som, ele tinha algo pra você naquela hora. Ele cobriu uma perspectiva tão ampla e havia tantos lados diferentes dele, mas a melhor parte sobre Pac no geral era a de que ele era um ser humano. Ele deixavam ver isso. Eu costumava ficar fascinado com suas entrevistas, 'yo, o que ele está dizendo é tão verdadeiro'. Ele também seria capaz de triunfar sobre pessoas que iam lhe entrevistar e fazer peguntas difíceis, isso era incrível. Ele era um superstar com todos aspectos da palavra. Você só queria saber desse cara. Como homem, eu quero sair com Pac.

Eu não sei se ele tava falando com o Arsenio, mas eu me lembro dele dizendo algo no sentido de "as pessoas do lado de fora olham pelas janelas um bando de filho da pu## jogando comida fora e tendo festas e todo mundo nervoso do lado de fora, e depois de um minuto, você tem pessoas aqui fora cantando: 'estamos com fome, estamos com fome, vamos, nos deixe comer'. E no minuto seguinte, quando ninguém estiver escutando e olhando, é como: 'tudo bem, nós estamos chutando a porta, estamos vindo, atravessando o bloqueio, quebrando tudo'. Quando ele estava dando essas analogias, elas eram incríveis. Era quase como se ele estivesse escrevendo músicas enquanto estava dando entrevistas.

Quando sua mãe, Afeni, deixou eu produzir um dos seus álbuns póstumos, eu escrevi uma carta de agradecimento para ela por essa honra. Você não seria capaz de dizer a mim nos meus 18/19 anos que eu poderia ser capaz de obter alguns vocais do Tupac, e eu tive a oportunidade. Era um pedaço da história tão significante para mim e foi muito divertido. Eu era como uma criança na doceria; enlouquecendo com o fato de que estou colocando batidas nas ruas rimas. Independentemente de quão bom algum rapper é, é fácil para que ele alguns sonos maneiros, mas quando você faz sons como Tupac fez, sons que realmente dizem algo, esse sentimento nunca irá embora. Se eu colocar "If I Die 2Nite", logo em seguida vou querer sair na porrada com alguém. Esses são os tipos de emoção que ele me provoca. Se eu colocar 'Dear Mama' nisso, maldição, ficarei com os olhos brilhando de lágrimas. Ele era tão bom em evocar emoções por canções e eu peguei muito disso. Biggie tinha isso também. Era esse mesmo tipo de coisa, ele era tão bom em colocar as palavras certas em batidas de música. Eu teria dificuldade em acreditar que eles não sabiam o que estavam fazendo quando eles estavam colocando as palavras certas em certos acordes do beat. Eu teria dificuldade de acreditar que isso era acidental. Tupac era um verdadeiro gênio."

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